O Burro da Graciosa, também conhecido como Burro Anão da Graciosa, é uma raça autóctone portuguesa de asinino.
Historicamente, foi utilizado como meio de transporte e trabalho agrícola na ilha da Graciosa desde os primórdios da colonização dos Açores. Em décadas passadas, a ilha foi inclusivamente conhecida como a “ilha dos burros”, devido
à sua alta concentração em relação à população humana. No entanto, mais recentemente, Franco Ceraolo, cineasta, mudou-se para a Graciosa em 2007 e verificou que os burros existentes na ilha corriam um sério risco de extinção, uma vez que os seus proprietários eram sobretudo idosos e os burros já eram pouco utilizados para trabalhos rurais. Para lutar pela sua preservação, fundou a Associação de Criadores e Amigos do Burro Anão da Graciosa. No entanto, só foi reconhecido como raça autóctone em 2015, após estudos biométricos e genéticos liderados pelo professor Artur Machado do Centro de Biotecnologia da Universidade dos Açores.
Esta raça é reconhecida pela sua pequena estatura, medindo pouco mais de um metro de altura ao nível do garrote. O pelo varia entre cinzento, castanho, loiro ou preto, com a barriga, focinho e contorno dos olhos mais pálidos. Uma faixa dorsal mais escura e uma faixa nos ombros são comuns, especialmente em animais de cor clara.
São conhecidos por serem mansos, pacientes e possuírem um andar pausado.