O cuco-canoro é difícil de observar, sendo muito mais facilmente localizável pelo seu canto. Possui cabeça e pescoço cinzentos, com peito e abdómen brancos com barras pretas.
O cuco-canoro é uma ave parasita. Em vez de construir um ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves cujos ninhos são parasitados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente. No entanto, nenhum estudo mostra que este parasitismo tenha efeitos significativos na população das aves parasitadas.
Os cucos-canoros podem ser vistos em diversos habitats, à exceção de áreas densamente povoadas e distribui-se desde o Norte de África e Península Ibérica, até ao extremo oriental da Ásia.
A sua presença em Portugal Continental é exclusivamente estival, podendo ser observado sobretudo entre Março e Julho, invernando na África Subsaariana, no Sul da Índia e no Sudoeste Asiático.
Os cucos são essencialmente insetívoros, alimentando-se sobretudo de lagartas, dando assim um importante contributo no controlo de pragas. No entanto, ocasionalmente comem também frutos, sementes e mesmo pequenos répteis ou anfíbios.
Fotografia de: André Brito https://andre.greeneye.pt/
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