A raposa-vermelha é um mamífero da família Canidae facilmente reconhecível pelo seu focinho pontiagudo, orelhas proeminentes e pelagem castanho-avermelhada no dorso que contrasta com a coloração branca do ventre. A cauda é longa e tufada, apresentando usualmente uma mancha de cor branca na ponta.
As raposas apresentam, geralmente, atividade noturna e crepuscular, mas também podem estar ativas durante o dia em locais tranquilos. Habitam tocas que escavam e protegem com vegetação, ou em tocas abandonadas de coelhos ou texugos. A espécie é territorial e organiza-se em núcleos familiares. Os acasalamentos ocorrem entre dezembro e fevereiro, e as crias nascem entre março e maio. Ambos os progenitores participam nos cuidados parentais.
É o carnívoro com a distribuição mais ampla a nível mundial. Ocorre por praticamente toda a Europa, Ásia, Norte de África e América do Norte. Foi também introduzido pelo Homem em alguns locais como a Austrália e Nova Zelândia. Em Portugal distribui-se de forma generalizada e uniforme por todo o território, estando ausente apenas na Madeira e nos Açores.
É uma espécie oportunista que tende a alimentar-se de coelhos, roedores, aves, insetos, ovos, minhocas, comendo ainda frutos e animais mortos. Posto isto, tem uma elevada importância ecológica no controlo biológico das populações de presas, dispersão de sementes e ajuda o ecossistema a livrar-se das carcaças dos animais mortos, evitando assim a propagação de doenças.
A raposa enfrenta várias ameaças no nosso país, nomeadamente atropelamentos e fragmentação do habitat. A sua conservação em Portugal pode ser promovida implementando medidas como passagens para fauna. Outra ameaça para esta espécie é a armadilhagem ilegal, portanto se encontrar alguma armadilha, por favor, contacte o SEPNA – 808200520.
Fotografias de: André Brito https://andre.greeneye.pt/
(Chamada para a rede móvel nacional)