O sapo-comum é um dos anfíbios mais conhecidos da nossa fauna. No Santuário Animal Vida Boa é possível ver sapos-comuns em todas as áreas.
É um anfíbio grande e robusto, com coloração variável, mas predominantemente castanho. Apresenta parótidas bem desenvolvidas, olhos grandes com pupila horizontal e íris vermelha, membros robustos e pele verrugosa. A fêmea é bastante maior do que o macho, podendo chegar aos 22 cm de comprimento.
Este sapo é maioritariamente noturno e a reprodução ocorre de novembro a abril em todo o tipo de águas paradas (lagoas, charcos, açudes, tanques), sendo que a fecundação ocorre dentro de água. No entanto, os sapos-comuns são animais que vivem em terra durante a maior parte do ano, escondendo-se em buracos, debaixo de pedras ou em troncos e raízes mortas. A sua distribuição abrange o norte de África, Península Ibérica, França e Inglaterra.
Ao pôr-do-sol saem para caçar, sendo uma espécie essencialmente insectívora. Apesar de serem animais desprezados pela maioria das pessoas e de estarem associados a diversos mitos, são inofensivos e muito importantes para a agricultura, pois alimentam-se de outros animais que geralmente prejudicam as culturas agrícolas e causam prejuízos aos agricultores.
O declínio das suas populações deve-se sobretudo à perseguição pelo Homem e por atropelamentos, principalmente na época de reprodução, altura em que os indivíduos necessitam de se deslocar até zonas com água. Assim, é importante estar atento quando conduzir durante a noite. Felizmente, já há sinais de trânsito em certos pontos do País com o objetivo de alertar os condutores para a existência de zonas de passagem de anfíbios, sendo uma boa medida para a proteção destes animais. Além disso, membros da nossa equipa estiveram envolvidos num projeto na serra do Alvão, que permitiu a construção de muros de forma a impedir que centenas de anfíbios fossem atropelados nas épocas de reprodução.
Fotografias de: André Brito https://andre.greeneye.pt/
(Chamada para a rede móvel nacional)